[RESENHA #11] - A Rosa da Meia-Noite - Riley, Lucinda

By Soul dos Livros - 21:00

Boa noite! Gente, bem-vindos a mais um fim de dia no #junhosoul! Aproveitem a resenha!


SINOPSE: Atravessando quatro gerações, A Rosa da Meia-Noite percorre desde os reluzentes palácios dos marajás da Índia até as imponentes mansões da Inglaterra, seguindo a trajetória extraordinária de Anahita Chavan, de 1911 até os dias de hoje.

No apogeu do Império Britânico, a pequena Anahita, de 11 anos, de origem nobre e família humilde, aproxima-se da geniosa Princesa Indira, com quem estabelece um laço de afeto que nunca mais se romperia. Anahita acompanha sua amiga em uma viagem à Inglaterra pouco tempo antes da eclosão da Primeira Guerra Mundial. Ela conhece, então, o jovem Donald Astbury, herdeiro de uma deslumbrante propriedade, e sua ardilosa mãe.

Oitenta anos depois, Rebecca Bradley é uma jovem atriz norte-americana que tem o mundo a seus pés. Quando a turbulenta relação com seu namorado, igualmente rico e famoso, toma um rumo inesperado, ela fica feliz por saber que o seu próximo papel uma aristocrata dos anos 1920 irá levá-la para muito longe dos holofotes: a isolada região de Dartmoor, na Inglaterra. As filmagens começam rapidamente, e a locação é a agora decadente Astbury Hall.

Descendente de Anahita, Ari Malik chega ao País sem aviso prévio, afim de mergulhar na história do passado de sua família. Algo que ele descobre junto com Rebecca começa a trazer à tona segredos obscuros que assombram a dinastia Astbury.





Meus queridos leitores... Terminei esse livro hoje às 16h e aqui estou escrevendo esta resenha. Abalada com a história, triste com tudo o que ela representa e com certeza sabendo que tudo o que acontece nela não tem muito a ver com a capa. Rsrsrs. Claro, eu preciso fazer alguma piada considerando que esta resenha só falará de tragédias atrás de tragédias, hoje. O título não ficou muito claro, só se refere a uma flor que é singular que floresce no local em que a maioria da história ocorre, que é a Atsbury Hall. Donald, o par da principal, diz que se assemelha muito à ela por causa de seu ar exótico. Acredito que seja por isso. Três palavras: impressionante, abalador, real.

O primeiro capítulo nos traz uma senhora indiana de mais de 90 anos, já bizavó, que (fatos conhecidos no início, portanto sem spoilers) nunca contou sua história para os descendentes e teve dois filhos. Uma, a mais nova, é Muna, a que ainda vive. E o mais velho, que descobrimos chamar Moh depois, morreu supostamente com três anos na Inglaterra. Não sabemos como ele teria morrido, ou por que, mas entendemos que Anahita, a tal senhora, nunca acreditou que seu filho morrera. O livro é rodeado por uma atmosfera levemente sobrenatural de fé. E ela tinha fé em espíritos, um dom. Não da forma de filmes que vemos fantasmas etc, mas espíritos pós-morte, que estariam ali para guiar as pessoas e protegê-las. E entendemos que este dom lhe dá a capacidade de saber quando alguém querido morre. Nunca sentira isto com Moh e por isso se recusava veementemente a aceitar que seu filho morrera, mesmo com uma certidão de óbito antiga em sua posse. Todos de sua família estão reunidos para comemorar seu aniversário e ela decide que precisa deixar sua história com alguém. Ela escreveu há trinta anos várias e várias páginas com sua história, que deveriam ser entregues ao seu filho quando ela o reencontrasse, para que ele pudesse saber tudo o que aconteceu e por que ela não pôde estar com ele em todos aqueles longos anos. Infelizmente ela entendia que seu tempo estava chegando ao fim e que o fim da espera pelo filho ou pela morte real deste estava próxima de chegar. Assim, decide que deve passar para alguém a responsabilidade de procurar seu filho quando ela não puder mais fazer isto. Temos um momento interessante enquanto ela tenta relembrar todos os seus netos e bisnetos e sente os espíritos lhe cantarem quando pensa em Ari Malik. O mais velho dos bisnetos e o menos tradicional. Porém, o único que herdara os olhos azuis de seu bizavô.

O leitor tem que aguentar a lentidão da história enquanto desejamos saber todos os detalhes mínimos da vida e Anahita (que ela conta conforme outras personagens aparecem lendo sua história) e suportar a ideia de que Ari levou dez anos para decidir agir com relação às suspeitas da avó. Perde a namorada que amava por ele nunca ter sido um homem que prestara atenção a algo além de sua empresa e sua renda, e sente um baque do destino. Tudo vem à tona e ele percebe que precisa de uma mudança na sua vida, visto que ele não conhecia mais a si mesmo. Assim, decide viajar mais cedo e por mais tempo para Londres, onde ele teria uma reunião da empresa de qualquer forma. E começa-se a busca pela história de Anahita e por seu filho. Na viagem de avião Ari lê boa parte do manuscrito de sua bizavó, o que indica que nós lemos. E já no início temos a sensação de que a história é muito mais complicada e suspeita do que se espera. Mas mantemos a curiosidade.

Outra personagem que aparece é Rebecca Bradley, uma atriz americana que é contratada para uma filmagem na Atsbury Hall e que, honestamente, não sabemos o que foi fazer lá. Só sabemos que ela tem um noivo chamado Jack que é um problema em todos os possíveis sentidos e que ela se encontra em alguma parte relacionada à história de Atsbury, que é o palco da maior parte dramática da vida de Anahita.

Não querendo que existam muitos spoilers na resenha de hoje, deixo o mistério do que poderia ter acontecido com o filho perdido de Anahita e se ele de fato teria morrido naqueles anos dela em Londres. Eu comecei a ler de forma meio obrigatória, mas resignada e admito que demorei a realmente me interessar pelo livro, pois a história de Anahita só começa a ser realmente contada a partir da página 94. Sim, 93 páginas antes de conhecermos o mínimo da verdadeira história da misteriosa indiana. Recomendo para quem gosta de livros de época (embora seja dividido entre 1920 e 2011) e consegue aguentar os acontecimentos tristes que irão ocorrer. Logo de início percebemos que muitos sofrimentos se passaram por aquela mulher. E eu admito que fiquei surpresa e bastante abalada com o final, visto que é uma série de acontecimentos impiedosos e cruéis que giram em torno da família aristocrática de Astbury.

Sei que até mesmo quem não é fã da época pode se interessar pelo teor alto de suspense e mistério. Nenhuma família poderia ser mais desequilibrada que a Astbury, garanto, rs.

Bem, espero que tenham se interessado, eu realmente acho que seria um livro que realmente terá me marcado e mais pra frente vou me lembrar dele quando pensar em um livro que pesou em 2016. Até amanhã, e boa noite!

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