[RESENHA #37] Como As Folhas de Outono - Gama, Jairo Rafael

By Unknown - 20:00

Boa noite, pessoas! De volta aqui com vocês para a resenha do livro "Como as Folhas de Outono" do autor parceiro Jairo Rafael Gama.

Vamos lá?




SINOPSE (não oficial): Em um dos livros que compus, falei sobre a enigmática estação das flores. Agora ouso, mais uma vez, usar como fonte inspiradora para esta nova obra que escrevo mais uma das estações do ano. Qual será?... Trago aqui em evidência o outono, pois passei a observar suas características marcantes, porém, quase imperceptíveis; nele enxerguei detalhes que nos dão uma grande lição sobre a vida.

(...)As velhas folhas vão se desprendendo dos galhos das árvores. É como se elas obedecessem a uma voz desconhecida e inaudível para nós, que comunica a elas que é hora de partir. (...) Traduzirei neste livro em algumas simples e calorosas palavras as observações que fiz sobre esse acontecer glorioso que nos levarão a compreender um pouco mais a vida, nos convidando a revolucionar o nosso "ser".




Bem, pessoal. Vocês puderam acompanhar a maioria das minhas críticas através das minhas Primeiras ImpressõesNo final da leitura, que eu fiz com muita determinação, cheguei à conclusão que, embora o autor tenha uma boa narrativa e desenvoltura fácil com os temas, o livro realmente não conseguiu me tocar.

É um livro de sete capítulos relativamente longos, de 146 páginas que, para mim, se arrastou sem fim. Vejam por exemplo o quanto demorei para lê-lo. Como foi dito no post de primeiras impressões eu tomei a visão do público-alvo do autor: "pessoas que desejam uma outra visão da vida e suas mudanças, e que tenha uma fé cristã bem baseada", mas talvez eu tenha errado ao dizer "fé cristã bem baseada", visto que eu sou cristã e, mesmo assim, não consegui me localizar no livro.

O autor trabalha o tema do outono e sua mudança inspiradora com habilidade, numa narrativa em que atrai e prende o leitor interessado. Seus parágrafos não são muito longos, mas são bem completos. Porém, mantenho minha opinião de que ele se repete muito. Lembrei muitas vezes dos poemas Épicos, como Ilíada, em que haviam pedaços de frases fixos sempre precedendo ou antecedendo certa outra palavra. Parecia que o autor pegava um bloquinho de palavras: "nós somos uma árvore humana" e o colocava sempre que retomava esse assunto, ou enquanto falava do assunto. Então talvez reparem na seleção de citações que fiz no fim dessa resenha que algumas frases são bastante similares. Tentei escolher variedades de frases, mas não sei se consegui 100%.

Fiquei até que chateada por não me identificar com o livro, tiveram vários conceitos e ideias com os quais não concordei. Mas o Jairo é uma pessoa muito simpática e interessante de se conversar. Dei uma olhada no ig dele outro dia e várias pessoas comentavam positivamente sobre seu livro. Essa semana conversei com outro ig literário sobre o livro, este estando com vontade de lê-lo, pois lhe foi recomendado. Fui sincera: eu não sabia se a pessoa gostaria. Eu acredito tanto que as pessoas tem opiniões diferentes que alguém que até pense como eu talvez goste do livro. Assim, tentei não desanimá-la de ler, pedindo para que ela pelo menos fizesse como eu e lesse os capítulos iniciais antes de tomar alguma decisão. Quando eu estava no Prefácio e na Introdução estava até que interessada, mas logo percebi que ele começou a voltar muito no assunto já citado em ambos capítulos, e senti seu tom de sermão, o que me desanimou muito.

Com relação ao foco do livro acredito que o autor conseguiu passar (até demais) sobre como o Outono deve ser observado como um modelo de mudanças e um exemplo de como nossas vidas podem ser influenciadas por tais elementos outonais. Ele fala de temas desde sentimentos até conflitos familiares. Verão nas citações abaixo que ele tem algumas reflexões bastante interessantes. O que eu achei um pouco incômodo foi ele super-explicá-las. Alguns conceitos ele estava tão focado em mostrar para nós como ele chegou ao raciocínio que ficava um pouco exagerado. Eu senti um pouco daquela sensação: "sim, obrigada, eu entendi... próximo tema!". Mas como repeti acima, acredito que algumas pessoas apreciarão o fator, querendo saber mesmo como o autor pensa.

Bom, pessoal, minha resenha ficou relativamente parecida com o post anterior sobre o livro, pois minhas opiniões não mudaram muito. Mas espero que tenham aproveitado mais uma visão minha sobre esse livro! Seguem as citações favoritas abaixo ;) Obrigada!


Citações Favoritas:

"É tão terrível quando nos tornamos cegos (...), não conseguimos mapear nossos defeitos."
(Pág. 29)

"Existem dias em que a nossa existência precisa ser sacudida e soprada pelos ventos da vida (...) para que (...) possamos experimentar um novo renascer."
(Pág. 29)

"Não precisamos mergulhar em oceanos para encontrar pérolas, podemos construí-las
dentro de nós." 
(Pág. 31)

"Nunca o ser-humano armazenou tantas informações dentro de si como neste século globalizado. (...) Paradoxalmente, muitas dessas pessoas estão vazias de amor, de perdão e de bons sentimentos."
(Pág. 42-43)

"A sabedoria não está simplesmente naquilo que aprendemos (...), mas naquilo que conseguimos fazer com o que aprendemos."
(Pág. 50)

"Sentir mágoas de alguém é sofrer em silêncio, é se ferir por dentro, é destruir a própria felicidade." 
(Pág. 81)

"(...) Nem sempre as palavras refletem o que está dentro de nós. As palavras mentem. Tome cuidado com elas."
(Pág. 90)

"O amor é como uma rosa a despertar dentro de nós; e quando ele surge, o perfume atrai as coisas preciosas da vida."
(Pág. 106)

"Voe, mas sem se esquecer que nem sempre foi borboleta."
(Pág. 136)

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2 comentários

  1. Como sempre deixou claro sua opinião sobre a forma que o livro chegou aos seus olhos e o principal, ao seu coração. Acho perfeito a forma como se posiciona, sem ofender ou impor sua verdade, assumindo ela, como absoluta. Afinal o que agrada alguns, desagrada outros, não é mesmo?!
    E ao meu ver, é exatamente nisso que está toda a magia da vida.

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