[RESENHA #3] Cidade dos Ossos - Clare, Cassandra

By Soul dos Livros - 10:56

Boa noite, pessoas! Esse é o 3º #AtéOFim e tem se mostrado uma boa ideia!
Primeiro, um aviso: eu decidi continuar a série do Instrumentos Mortais até o terceiro livro, então o #4 e #5 serão continuação do Cidade dos Ossos. Porque, o livro que eu estava planejando como próxima leitura, não consegui encontrar ainda para emprestar ou pegar como ebook e pretendo comprá-lo. Assim, preciso de um tempinho para conseguir a proeza. ;) Espero que aproveitem essa sequência ^^
Talvez eu não vá ter muitos trechos para colocar nessa resenha, porque eu me concentrei tanto na leitura que esqueci de fazer muitas marcações, rs.


SINOPSE: Um mundo oculto está prestes a ser revelado... Quando Clary decide ir a Nova York se divertir numa discoteca, nunca poderia imaginar que testemunharia um assassinato - muito menos um assassinato cometido por três adolescentes cobertos por tatuagens enigmáticas e brandindo armas bizarras. Clary sabe que deve chamar a polícia, mas é difícil explicar um assassinato quando o corpo desaparece e os assassinos são invisíveis para todos, menos para ela. Tão surpresa quanto assustada, Clary aceita ouvir o que os jovens têm a dizer... Uma tribo de guerreiros secreta dedicada a libertar a terra de demônios, os Caçadores das Sombras têm uma missão em nosso mundo, e Clary pode já estar mais envolvida na história do que gostaria.



O Cidade dos Ossos foi um livro que eu praticamente devorei, de tão interessada que eu fiquei e admito que eu possa ter priorizado ele a algumas leituras da faculdade, rs.
O livro começa com uma cena relativamente boba que é a Clary (personagem principal) esperando para entrar em uma balada chamada Pandemônio. Clary tem dezesseis anos e aparece na cena com seu melhor amigo Simon (que logo de início percebemos ser um grande friendzone) e em geral tudo está normal. Eles entram e estão dançando quando Clary percebe que um rapaz que vira na entrada está aparentemente sendo seguido por dois outros, enquanto se aproxima de uma moça linda. Clary nota que os outros dois estão carregando facas e se fecham com o rapaz em uma salinha. Ela vai até lá depois de mandar Simon chamar a segurança e testemunha o que acha ser uma surra seguida de assassinato. Porém, não é normal. Pois o corpo que cai no chão logo desaparece em cinzas e os três jovens (moça e dois rapazes) que o atacaram se surpreenderam quando ela os enxergou. Esses são Isabele, Jace e Alec. Três Caçadores de Sombras (ou de demônios) que encurralaram um vampiro. Logo sabemos que os Caçadores de Sombras geralmente não são vistos por mundanos (humanos comuns) e que Clary por algum motivo que não sabemos pode vê-los.
O livro progride muito tranquilo e com tempo razoável. Não é muito rápido, nem muito devagar. E poucas das ações dos personagens ficam boiando no espaço. Sempre possuem motivo ou são racionais. Em uma das cenas iniciais a Clary recebe uma ligação da mãe onde esta se despede e manda que não viesse para casa. Há barulhos, urgência e perigo no modo que Jocelyn (a mãe) fala e logo se encerra a ligação. Se você recebesse uma ligação dessa, o que você faria? Diria ok e ficaria fora de casa? Acho que não. E não é o que Clary faz. Ela sai correndo em direção a sua casa procurando a mãe. As decisões são feitas de um modo natural, como qualquer um de nós faria. Se temos medo, corremos; se temos suspeita, agimos com cautela; se sabemos o que fazer ou que podemos fazer algo, agimos. É muito bem feito.
Outra coisa que gostei muito foi o modo com que o universo foi se mostrando. No meio das falas, no meio de pensamentos, ações. Raramente houve uma pausa para que algo fosse explicado. Você entendia muito bem o universo do livro pelo modo que Jace respondia alguma coisa ou como agia. Foi progressivo e poucas dúvidas foram ficando pelo caminho.
O casal da vez é Clary e Jace, por um tempo. O processo de eles ficando juntos é lento e quase como terceiro plano (nem segundo, é) e passa por vários conflitos. Mas o problema mesmo é o que vou dizer em seguida. Contém spoiler, se não quiser, não veja. É algo descoberto só no final do livro e talvez estrague a visão de vocês do livro. Para quem quiser saber, selecione com o mouse o trecho a seguir: Eles são irmãos. Clary descobre ser filha de Valentim e ter um irmão que morreu há muito tempo. Depois, ao enfrentá-lo, descobre que Jace é um apelido para JC - Jonathan Christopher, que era o nome de seu irmão. E fim do spoiler.
Algo nesse livro que foi bem interessante é o modo com que é lidado com a sexualidade de algumas personagens. Você percebe que um ou outro é homossexual e é muito legal ver como o assunto é tratado. Como é a sociedade atual, muitas coisas passam despercebidas legal. Tem uma personagem que eu adoro que é o Magnus Bane, um feiticeiro que aparece no meio do livro. Várias vezes você lê que ele passou a mão no rosto com purpurina ou que ao passar a mão pelos cabelos algumas purpurinas se soltaram. O cara brilha. E com certeza é uma das personagens mais legais de Instrumentos Mortais. Ansiando por mais cenas com Bane! Totalmente! Rsrs.
Falando de personagens mais centradamente agora. [Pode conter alguns spoilers pequenos.]
Clary: é uma garota bem normal. Na verdade, é aquela sensação de “gente como a gente”. Ela é divertida e explosiva. Pensa muito sobre as coisas e tem um entendimento sobre as runas/marcas dos caçadores de sombras impressionante. Ela sempre se mostra capaz de muito. Por isso também fico curiosa para saber como a autora a desenvolveu. Clary tem muito carinho pela família, mas demora a realmente se entender com os irmãos Alec e Isabele, ao contrário de Jace que (não é rápido, mas) é menos lento. Os dois passam mais tempo juntos por estarem atados pelo fato de Jace ter sido aquele a tazer ela para o Instituto (local onde eles vivem e estudam) e o “responsável” por ela.
Jace: é um cara franco (até demais) e que vê no fato de ser caçador de sombras algo quase divertido. Mas o usa como uma fuga, mais. É divertido ler suas respostas e suas expressões, porque ele é uma pessoa bem irônica e, bem, franco. Ah, e muito narcisista. É cômico o jeito que age e se dirige a Clary. É um loirão irônico que claramente não se importa muito com o que as pessoas acham dele, a não ser que sejam família. Aí o assunto é outro. Ele é próximo e cuidadoso. Mas é o que falam para Clary um momento: “Não pergunte algo para ele se não quiser ouvir o que ele realmente pensa”.
Isabele: Doida, divertida, e pegadora. Izzy é a personagem sensual do grupo e com certeza a que mais gosta de ser uma caçadora de sombras. Não é boa cozinheira, mas sempre se preocupa com os outros. Ela é a que luta, seduz e protege ao mesmo tempo. Também alguém que quero ver mais (como o Bane). Sua relação com Claru cresce bem durante o livro e é bem legal.
Alec: Ele é legal, ao mesmo tempo que perdido. Você não sabe se gosta dele, tem pena dele, ou quer dar um chute na cara dele. A própria Clary tem essa sensação também, rs. De cara, Alec não gosta de Clary e chega a querer que ela vá embora de vez da vida deles. Alec é um personagem que nunca matou demônios, nunca buscou isso e sempre fez o papel de proteção do grupo. Ele era o que cobria os dois outros enquanto eles lutavam. Isso é um dos pontos que mais o complica, um pouco na parte de vergonha. Em um momento Clary e ele discutem bastante e ela até o chama de covarde por isso. É uma personagem profunda e outros fatores o tornam diferente dos outros em vários níveis.
Simon: Nosso querido friendzone! Ele ama Clary e nós sacamos isso desde o início, mas a própria ignora (ou escolhe ignorar) esse fato. Nunca o viu dessa forma e os dois ficam em uma relação bem frágil depois que ele se vê rejeitado de vez. Simon é um cara muito legal, o típico nerdão e com uma banda que nunca tocou sequer uma nota (estão decidindo o nome - há muito tempo). É o cavalheiro gentil e cuidadoso, e mundano. Não é muito parte do universo dos outros, mas se conecta com eles através de Clary. De um jeito ou de outro ele acaba se tornando parte do trio que acompanha a garota, seja como um caroneiro, ou como um assistente na hora de pesquisar alguma fonte. É o “contato na base” dos filmes de espiões, rs.
Hodge: É o tutor do trio. Ele mora no Instituto, mas no caso dele ele não tem escolha, por causa de uma maldição que o impede de deixar o ambiente. É um homem além quarenta e passa a imagem de um verdadeiro mestre para os meninos. Muito perturbado, porém, pelo passado. Não posso contar muito sobre ele sem que solte alguns leves spoilers, então vou me manter quietinha.
Raphael: Aparece pouco, mas eu adorei tanto o cara que quero muito falar dele, rsrsrs. Ele é um dos vampiros e é um moleque (muito jovem, rs), mas tem uma voz de liderança tremenda. É esperto e astucioso. Basicamente, o cara é outro secundário como Bane que quero muito outras cenas! rsrs. Tem um peso enorme no universo dos vampiros e sabemos que ele ainda vai voltar a aparecer. Torço para que a autora o desenvolva bem!
Outros personagens como Luke, Jocelyn, e o próprio Valentim não podem ser explicados de um jeito justo sem dar alguns spoilers da história, então vou deixar para vocês descobrirem ;)
Achei a história bem emendada e - embora crie a necessidade de se ler o segundo livro já que, bem, a história não acaba ali - divertida. Ri, me irritei com todos os altos e baixos. A leitura é leve e muito rápida, rs. É só ver como eu li! Você nem percebe que as páginas passaram até você parar para olhar o número realmente! Já tinha lido umas 100 páginas quando parei a primeira vez só porque precisava ir ao banheiro, rsrsrs. Sobre o filme eu achei que algumas coisas não foram iguais, mas acho que talvez apareçam no segundo livro. Tanto que algumas cenas aconteciam e eu franzi o cenho pensando: “não achei isso no livro”. Mesmo assim, me diverti com o filme e acho que retratou bem o universo do livro como um todo. Eu peguei a série para assistir alguns episódios, mas tenho que dizer: é muito ruim! Rs.
Recomendo para amantes de aventuras e mundos fantásticos! Com certeza é uma leitura boa. Gostei de como usaram a mitologia dos Nephilim (filhos de anjos) e desenvolveram a história do Cálice Mortal (um dos tais Instrumentos Mortais) e tudo de que ele é capaz. E com certeza lerei os próximos ;)
Gente! Não teve triângulo amoroso! Uhuul.
Vou terminar por aqui, rs. Até a próxima ^^

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2 comentários